Para se criar um sistema de treinamento é preciso compreender, os seis princípios básicos, que são eles:
– Princípio da Individualidade biológica;
– Princípio da adaptação;
– Princípio da sobrecarga;
– Princípio da interdependência volume e intensidade; – Princípio da continuidade e
– Princípio da especificidade.

1. Princípio da Individualidade biológica

Não é atoa que esse é primeiro dos princípios, todos os indivíduos são diferentes mesmos os irmãos gêmeos univitelinos, pois somos formados por genótipos (carga genética) e fenótipo (todas as experiências que nos trouxeram até aqui).

Tendo em vista esse princípio, você se pergunta: Porque meu treino tem os mesmos estímulos do meu amigo que fará a mesma prova?
Quando montamos treinos, pensamos em atender demandas fisiológicas essas demandas são padrões, porém, cada atleta tem seu limiar de potência/frequência cardíaca e suporta quantidades de estímulos diferentes.

Quando o treinador manda os atletas realizarem estímulos parecidos (tempo), mas cada um com sua faixa de frequência cardíaca, ali ele está atendendo esse princípio.

2. Princípio da adaptação

Tudo que fazemos com o nosso corpo gera uma resposta isso é fato!
Quando começamos a treinar ou estamos um longo tempo fazendo as mesmas atividades diárias, o corpo se encontra em estado de equilíbrio ou seja Homeostase.

Então se você busca melhorar sua forma não adianta você fazer sempre os mesmos treinos, pois eles funcionam até certo tempo, depois disso os estímulos se tornam débeis.

– Tipos de Estímulo:
Existem quatro tipo de estímulos que geram quatro adaptações diferentes.

Ao montar um treino ou sair para treinar é muito importante, pensar nessa tabela, pois o ideal é que o estímulo atenda a fase de treinamento que você se encontra ou que você suporta.

3. Princípio da sobrecarga

Como falamos acima todo estímulo gera um resultado, e para melhorar sua aptidão física é necessário que a sobrecarga seja crescente.

O aumento da sobrecarga pode ser aplicada de duas formas diferentes:

– Sobrecarga de Volume: o aumento do tempo de treino, número de repetições, aumento de número de sessões.

– Sobrecarga de Intensidade: aumento de velocidade, da frequência cardíaca, maior potência, mais carga, maior inclinação, etc..

4. Princípio da interdependência volume/carga

Esse é um ponto bem legal, ou seja:
Quer treinar longo treine devagar.
Quer treinar rápido treine curto.

Temos a ilusão que os atletas profissionais treinam rápido e longo. Na verdade o que acontece é que o ritmo de treino longo deles, é rápido para nós.
Isso serve para a nossa realidade também, no ponto onde não adianta você querer fazer treinos longos com atletas muito mais fortes que você.

Para o atleta mais forte o treino estará sendo aeróbico e para você vai ser anaeróbico ou seja são demandas energéticas totalmente diferente.

5. Princípio da Continuidade

Tão importante quanto praticar a atividade física é dar continuidade a ela, de que adianta você ir uma semana na academia se esforçar ao máximo e retornar daqui a um mês, um ano?

O resultado não seria muito melhor se você começar de leve 3 x na semana mas que durasse 1 ano treinando sem interrupções?

Justamente nesse ponto que entra esse princípio, calculamos número de sessões e dias de recuperação para cada indivíduo.

6. Princípio da especificidade

Você que é ciclista treine sua capacidades cardiorrespiratórias na bike, não adianta você querer correr para melhorar o seu pedal.

Outra ponto que não gera transferência é atleta em formação, ou seja, com pouca força e pouco controle motor e sem potência querer executar gestos esportivos dentro da academia.

O gesto esportivo é o fim do processo, então é muito melhor treinar ele na pista, piscina ou estrada do que deixar de treinar força ou potência.